fábulas sustentáveis

Será que a tecnologia nos vai salvar?

É preciso transparência na produção dos alimentos, sobretudo quando se trata de animais como porcos. Se a produção ocorre como seria de esperar e cumpre a legislação, porquê impedir a captura de imagens? Um porco não precisa de muito para crescer e ser feliz. Precisa de comida, espaço e sobretudo tempo. E o custo de tudo isto tem de ser reflectido no preço da carne. O documentário mostra como a deslocalização da produção para outros países amplia a distância da cadeia de consumo. E assim é mais difícil controlar os problemas associados à produção em grande escala. O documentário mostra a transferência da produção de porco dos EUA para a Polónia.

Mais dados sobre o atum rabilho de uma publicação recente sobre o assunto. Os dados do gráfico mostram que até 1994 a regulamentação do ICCAT (International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas) seguia as recomendações do conselho científico. Depois disso tem havido uma enorme discrepância dos valores: o que é aconselhado, permitido e realmente capturado varia de ano para ano. E claro, é preciso ter em atenção que estes são os valores legais. Faltam as capturas não declaradas que podem representar quase 50%. Segundo a autora, depois de ter avaliado todo o cenário e a evolução histórica, só nos resta ter esperança que o ICCAT cumpra a seu papel de órgão responsável pela conservação. E que a opinião pública consiga ficar suficientemente sensibilizada para a causa ecológica: ICCAT is therefore the only international body that can protect bluefin tuna and, unless public out cry reaches the volume initiated by dolphins, elephants, orwhales, the future of the species rests in t

É difícil organizar ideias e informação quando se está a investigar um assunto. Para mim isto tem sido um problema nos últimos tempos. O que é ou não importante? Como organizar a informação dos artigos? Qual o melhor método para não esquecer o que leio? Ou o que oiço em conferências e em aulas? A forma convencional é: aprender, decorar, ser avaliado, e classificado com uma nota. Mas esta fórmula de pouco serve quando o interesse é adquirir conhecimentos. As notas apenas servem para o currículo, para o papel. O interesse deve ser no que se faz depois com esse conhecimento. Isto foi abordado numa aula do programa de doutoramento da FCT da UNL dada pelo professor António Câmara. O tema era "O currículo escondido". A proposta de avaliação dos alunos é fazerem um blog e discutirem a aula. Apesar de não ser aluna do programa de doutoramento, tenho um blog, e vou aproveitar para fazer o exercício com uma síntese das ideias. 1. O currículo escondido são as capacidades que estão para

Mais alguns dados sobre o atum rabilho que podem ser consultados no relatório que foi feito para a Comissão Europeia. As capturas não declaradas, que são apenas uma estimativa, cresceram de uma forma exponencial nos últimos anos. Exports to Japan amount to approximately 80% of the volume of Atlantic bluefin tuna harvested in the Mediterranean (around 30 000 tons in 2007). The high estimated volume of Illegal Unreported and Unregulated (IUU) fishing for Atlantic bluefin tuna implies that the volume of catches is likely to be higher than the volume of catches effectively reported. As a result of both legal and illegal catches, over the past decades the species has experienced a sharp decline and its conservation status is now very poor. E a França é o país com maiores capturas, com quase o dobro da quantidade dos outros países da UE.

O atum é um peixe!!! E tem estado no centro da discussão da conservação dos recursos pesqueiros. O ICCAT (The International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas), que regula a pesca dos atuns, reúne-se estes dias para definir o novo plano de capturas no futuro. O problema surge porque o atum serve para fazer sushi. E o consumo de sushi tem aumentado em todo o mundo, como uma "nova" moda importada do Japão. O problema acontece quando já não há recursos suficientes para a quantidade que está a ser consumida a nível global. E porquê o atum rabilho ou bluefin tuna ou Thunnus thynnus ? Porque é a espécie de atum que tem mais gordura e por isso tem também mais sabor (o sabor do peixe está associado à gordura). E por isso é ideal para comer cru, tal como o salmão. As espécies de atum mais pequenas, como o albacora ou o bonito, têm menor conteúdo de gordura e por isso são normalmente utilizadas para conserva. Mas este peixe é também um dos maiores peixes do mar, p

Mais uma campanha a favor da pesca sustentável e que serve para pressionar a nova política comum das pescas que está a ser feita para a União Europeia. As discards , ou rejieções, são todo o peixe que é posto borda fora devido a muito factores. A campanha fala do Mar do Norte por uma questão muito importante, é que no Mar do Norte grande parte da pesca é feita com arrasto. E esse é realmente um problema: enquanto houver pesca feita com arrasto o desperdício de peixe e a destruição do fundo marinho são incontornáveis. É uma realidade que não pode ser comparada com as pescas portuguesas, onde existe uma forte representação de pesca artesanal e de pesca efectuada com artes mais selectivas, como o anzol, armadilhas, ou com cana. A outra solução que sugerem é que a pesca não seja regulamentada por cotas, ou quantidades capturadas de cada espécie. É possível aplicar outras abordagens como por exemplo definir cotas para grupos de espécies, ou pelos dias de mar ou por tipo de arte de pesca ut

A forma como se faz activismo ambiental é um assunto bastante discutível. Há formas mais "agressivas" e mediáticas ou mais simples e informativas. As pessoas podem-se identificar mais ou menos com uma determinada forma, mas os objectivos são completamente diferentes: uma coisa é gerar discussão pública e chegar a um maior número de pessoas possível, outra é divulgar e informar. E os resultados são completamente diferentes. A incidência de diferentes formas de activismo pode ser positiva para que o assunto seja alertado de uma forma geral na sociedade. Mas há casos em que os "ambientalistas" são englobados todos no mesmo saco, e isso prejudica o trabalho e o consenso para chegar a soluções. De qualquer forma, o ambiente é uma vertente da sociedade como qualquer outra. E tem de ser feito lobby para que seja discutido com a mesma importância em relação a todos os outros lobby's, como o económico, o social ou o empresarial. Ainda por cima é o único que não tem voz.

A segunda palavra da semana: Degrowth is a political, economic, and social movement based on environmentalist, anti-consumerist and anti-capitalist ideas. Degrowth thinkers and activists advocate for the downscaling of production and consumption — the contraction of economies — as overconsumption lies at the root of long term environmental issues and social inequalities. Key to the concept of degrowth is that reducing consumption does not require individual martyring and a decrease in well-being. Rather, 'degrowthists' aim to maximize happiness and well-being through non-consumptive means—sharing work, consuming less, while devoting more time to art, music, family, culture and community. Não é não crescer, é mais do que isso, é decrescer. E pelos vistos há quem diga que é possível! The economic crash of 2008 revealed not only the frailty and vulnerability of the economic system, it also showed the false basis that the growth economy is built on – the financial bubble grows bi

A palavra da semana: Virtude (latim: virtus; em grego: ἀρετή) é uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação. Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer colectivamente. ...quer ambientalmente!

Na continuação do post anterior sobre greenwashing...encontrei isto sobre greenwashing marinho : G reen washing is misleading publicity or propaganda designed to present an image of environmental responsibility. TerraChoice has a nice list of the Six Sins of Green Washing : 1. Hidden Trade Off, in which companies highlight one eco-friendly attribute, and ignore their product’s other (potentially more significant) environmental concerns. “Okay, this product comes from a sustainably harvested forest, but what are the impacts of its milling and transportation?” 2. No Proof, which, just like it sounds, involves claims that can’t be verified (the report found 26% of environmental claims fall into this category). 3. Vagueness in terms such as “chemical-free,” or “non-toxic,” which are both universally true, and universally false depending on your interpretation. Other examples “organic?”, “all-natural”, “environmentally-friendly”, and “earth-friendly.” 4. Irrelevance, when companies make cla

Já me tinham falado deste filme de sensibilização ambiental da campanha 10:10 . Que ao mesmo tempo é um "terrorismo" sentimental. Eu acho de tal forma inconcebível, que acho cómico! Mas isto e outras coisas que vão surgindo fazem com haja cada vez mais descrédito sobre as campanhas ambientais. O que me parece bom. É preciso manter sempre o espírito crítico. E há cada vez mais aproveitamento do rótulo "verde" ou green washing . Recentemente discutíamos entre amigos as Eco-bolas . Eu tinha algumas dúvidas de como uma bola feita de determinados materiais consiga ter um efeito ao longo de várias utilizações...hum...não me parece que isto seja cientificamente testado . Não há grande problema quando a consequência é usar menos detergente e gastar menos energia, adoptando programas da máquina de lavar roupa com temperaturas baixas. E permite perceber que o cheiro e a espuma não estão directamente relacionados com critério de limpeza. Mas tudo isto não é correcto e permit

Chef Barton Seaver presents a modern dilemma: Seafood is one of our healthier protein options, but overfishing is desperately harming our oceans. He suggests a simple way to keep fish on the dinner table that includes every mom's favorite adage -- "Eat your vegetables!" Esta é uma das soluções para podermos continuar a comer peixe: comer menos proteína. É possível adequar as necessidades nutritivas do corpo humano aos alimentos que consumimos. Isso significa comer uma menor quantidade de proteína. Portanto comer menos carne e menos peixe em cada refeição. E mais pratos vegetarianos. E carne e peixe de melhor qualidade. E portanto mais carne e peixe haverá na terra e no mar.

Há sempre um bocado que falta a todas as pessoas. E ao longo do tempo vamos ficando com menos bocados. As peças vão ficando soltas. Algumas desaparecem, outras caiem porque ficaram largas, outras partem-se. E nem sempre todos os bocados se encaixam. Mas é tão bom quando encontramos um bocado que fica bem justa no lugar.

...só dá vontade é de GRITAR! Caramba! Tudo é uma chatice, tudo está correr mal. O melhor é nem fazer nada e enfiar a cabeça no sofá. Bem debaixo das almofadas e esperar que o Inverno passe.