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Showing posts from July, 2010

Toxics in, toxics out

Este é um assunto que me tem preocupado nos últimos tempos: os produtos de higiene que se utilizam diariamente. Os padrões de higiene que nós, ocidentais, estamos habituados implica o uso de uma série de produtos. Grande parte deles tem uma enorme consequência no ambiente e também em nós! E claro, mais uma vez as mulheres estão entre as principais vítimas: Uma mulher em média usa cerca de 20 cosméticos por dia e um homem médio, 6. Cada um desses produtos possui uma dúzia ou mais de componentes químicos. 20% deles não têm sequer efeitos testados ou considerados seguros. Ou seja, não temos ideia do que colocamos em contacto com nosso corpo. isto de ser mulher é sempre uma desvantagem! E mais uma vez o problema está no sistema: na regulamentação, nas nossas escolhas do consumo e nas sociedades conseguirem pressionar os governos.

Acidente? Não, negligência!

Tenho-me perguntado porquê que não há mais imagens sobre o desastre ambiental do Golfo do México? Imagens daquelas que chocam qualquer pessoa, como de animais cobertos de petróleo, ou de manchas negras na costa. As poucos que vão aparecendo na comunicação social, mas são normalmente subaquáticas, e sobre as operações de contenção da fuga de petróleo. Será porque não existem muitas imagens ou não são divulgadas? De qualquer forma este é ainda o início de uma longa história. O atum rabilho ( Bluefin tuna ), uma espécie altamente ameaçada no Mediterrâneo, utiliza o Golfo para se reproduzir e alimentar. Como é uma espécie migradora, que atravessa Oceanos, o efeito do petróleo na cadeia alimentar e consequentemente na população de atum rabilho do Mediterrâneo só pode ser avaliado daqui a algum tempo. A situação devido à pressão do mercado de sushi já é insustentável. Com este factor adicional e ao ritmo de exploração actual esta espécie pode mesmo entrar em risco de extinção. Foram lançados

O que é o amor?

Há palavras que não valem a pena serem escritas quando alguém já disse tudo o que havia para dizer. Não é fácil falar sobre o amor. Não é fácil reconhecer sentimentos, estudá-los e percebe-los. E este elogio ao amor é perfeito. Será que é realmente possível perceber o que é o amor? Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da

Vai um mergulho?

A Fábula do polvo Paul

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Esta é uma verdadeira fábula. Já tinha ouvido falar do polvo... um polvo que escolhe os resultados dos jogos do campeonato do mundo de futebol, um polvo que acerta os resultados, o polvo disse que ia ganhar a Espanha, o polvo ACERTOU ! Os polvos são animais fantásticos: muito inteligentes, têm a visão muito desenvolvida, conseguem alterar a cor e a textura do corpo para adaptarem-se ao local onde se encontram, conseguem passar por qualquer orifício desde que tenha o diâmetro de um olho - e atingiram praticamente o auge da evolução com as características biológicas que os definem. São moluscos, mas sem concha. E estão incluídos na classe Cephalopoda: do grego kephale , cabeça + pous , podos, pé. A classe de moluscos marinhos a que pertencem os polvos, as lulas e os chocos. Os cefalópodes estão entre os invertebrados mais inteligentes e mais rápidos. Apresentam o corpo dividido em cabeça, massa visceral e tentáculos. O que ainda não se sabia é que gostam de futebol. E que podem vir a ser

Voar!

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A andorinha é uma das aves mais comuns em Portugal, seja no céu ou estilizadas em barro ou cerâmica, suspensas em varandas e fachadas. Terá sido ao longo do séc. XX que a andorinha caiu definitivamente no goto popular, tornando-se um verdadeiro ícone nacional. Talvez porque sejam aves viajantes e saudosas (regressam ano após ano ao mesmo ninho), corajosas e desembaraçadas, simbolizando um povo de forma alegre e romântica. in A Vida Portuguesa Hoje sinto-me como uma andorinha! É bom voar, atravessar continentes, partir, mas é muito difícil deixar um sítio, um local onde se construiu algo, uma vivência que não se quer perder. As andorinhas são umas corajosas. Vão e voltam todos os anos precisamente ao mesmo sítio onde construíram o ninho. A maior coragem é partir. É difícil ir e deixar para trás, voltar e começar de novo. Começar mais vez. E custa começar mais uma vez. E mais uma vez esperar que o ninho seja confortável e produtivo. E voar, voar sempre!