O fiel amigo



Gostava de perceber porquê o bacalhau, de perceber toda a história, de embarcar nos barcos, de pescar bacalhaus!

Tenho estado interessada em perceber o comportamento de acasalamento do bacalhau. Pelos vistos é bastante complexo, com um género de movimentos em associação com roncos! Roncos?! debaixo de água...como é que as fêmeas ficam atraídas com roncos?!
Se de tal forma fortes que prejudicam as telecomunicações subaquáticas dos submarinos.

E vou ler isto.

Entretanto vi mais algumas fábulas:

O modo de o cozinhar foi sendo apurado e tornou-se num prato de nobres tradições. Numa carta ao historiador Oliveira Martins, Eça de Queiroz descrevia a sua paixão pelo peixe de águas frias: “ um gosto depravado pelo fadinho e no justo amor do bacalhau de cebolada.” Terá sido outro escritor da mesma época de Eça, quem generalizou o apetite pela iguaria nas mesas portuguesas: “Foi Ramalho Ortigão quem propagou a consoada, que era uma tradição exclusivamente minhota, para o Sul do País”, garante. A moda pegou. Hoje, não há Natal sem uma árvore decorada, uma prenda no sapatinho e uma posta de bacalhau salgado e seco.

O Bacalhau à Braz foi uma invenção de um tasqueiro lisboeta, de seu nome António Braz, que possuía uma taberna no Bairro Alto no século XVII.

Por exemplo, em 1914, no Porto, o filho de um comerciante de bacalhau, foi trabalhar como cozinheiro para o “Restaurante Lisbonense”. Talvez para promover as vendas da mercadoria do pai, apresentou na ementa um prato de bacalhau da sua criação. Chamava-se o cozinheiro José Luís Gomes de Sá Júnior, e a sua receita teve tanto sucesso, que, ainda hoje, só de pensar no “Bacalhau à Gomes de Sá”.
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Foi também no Porto que o cozinheiro José Valentim teve a ideia de cobrir o bacalhau com maionese e levá-lo ao forno a gratinar. O José Valentim era mais conhecido por “Zé do Pipo”, nome que deu ao seu restaurante e ao seu prato de bacalhau.