Nem todos os salmões são criados da mesma forma

Por vezes os comportamentos que adoptamos a favor do ambiente, com a intenção de termos por um menor impacto possível, podem não ser exactamente o que esperamos. Há sempre casos específicos, excepções e para determinados assuntos, o que parece ser óbvio, afinal pode não ser. É por isso que a investigação na área do consumo sustentável é cada vez mais essencial. É preciso analisar, quantificar e comparar para depois poder adoptar a melhor forma de agir.



Este estudo chama a atenção para o consumo de salmão fresco no Canadá. O salmão de aquacultura vem maioritariamente de países como a Noruega ou o Reino Unido e tem uma quantidade de emissões carbónicas associadas superiores ao mesmo salmão que vem congelado. A tendência é para pensar que o peixe fresco é mais sustentável, porque é de produção local. Mas neste caso a produção está muito longe do local de venda e o transporte associado assim como a manutenção da frescura têm exigências energéticas elevadas.



Comprar peixe fresco é sustentável, mas é também importante ver a origem. Um dos peixes mais comercializados em Portugal é a perca do Nilo. Este peixe vem directamente de África, dos lagos da Tanzânia. Tem uma história horrível de exploração de recursos de um país em desenvolvimento e tem também um enorme custo ambiental associado ao seu transporte. E há tanto peixe fresco da nossa costa portuguesa!