As pessoas não têm tempo
Eu tenho pouco, todos temos falta de tempo, e o tempo vale dinheiro.
É este o cenário actual para qualquer conversa sobre o consumo: não temos tempo. Não temos tempo nos dias de hoje para separar o lixo, para ir de transportes para o trabalho, para cultivar os próprios legumes, para fazer as compras no mercado do bairro, para escolher os melhores produtos ou para cozinhar.
Mas será necessário tempo para cozinhar? É possível fazer as refeições mais rápidas do mundo e mais saudáveis também: uma salada, tchanan!...um prato de sopa...
A qualidade e o sabor dos pratos não são antónimos do rápido e fácil.
E cada vez surgem mais cozinheiros que ficam famosos pela sua simplicidade. Um exemplo bastante conhecido é o Oliver. Tem restaurantes, programas de televisão, livros, escola de cozinha, uma revista e o seu nome tornou-se num ícone no mundo inteiro.
Mas porque é que será que a cozinha tornou-se num espectáculo? Nunca como agora houve tanta informação sobre como cozinhar. Paramos a ver na televisão outras pessoas a cozinhar, há revistas e livros de todo o género, há cada vez mais "chefs" famosos.
Será porque cada vez cozinhamos menos? Ou será porque na rotina diária queremos ser surpreendidos com novas sensações e sabores? Ou simplesmente porque é um conhecimento que está a perder-se ao longo das gerações?
Cozinhar é pegar nos alimentos e imaginar como misturá-los, qual a melhor combinação, qual o processo, no fim dar-lhes um toque de condimento para apurar o sabor. Mas esta capacidade quase instintiva está a perder-se como o M. P. refere. Cada vez se cozinha menos e se come mais fora. Ou então dentro de casa, mas com a comida confeccionada fora. O problema é que desta forma não controlamos o que ingerimos e deixamos de ter sensibelidade para analisar o que comemos.
Aprendi a cozinhar ao ver as mulheres da minha família a prepararem refeições. Aos poucos fui querendo fazer igual e o conhecimento passa de geração em geração. Claro que é sempre difícil imitar aquele ou outro prato especial que nos vem à memória com as recordações de infância.
Uma das melhores recordações que tenho são as alheiras da minha avó. Eram deliciosas, feitas por ela todos os anos em Trás-os-Montes. Tinham a textura e o conteúdo perfeitos, e depois eram servidas normalmente com batatas cozidas que tinham a particularidade de serem regadas com o azeite também caseiro, que é forte e saboroso.
É este o maior efeito da cozinha...o prazer.
É este o cenário actual para qualquer conversa sobre o consumo: não temos tempo. Não temos tempo nos dias de hoje para separar o lixo, para ir de transportes para o trabalho, para cultivar os próprios legumes, para fazer as compras no mercado do bairro, para escolher os melhores produtos ou para cozinhar.
Mas será necessário tempo para cozinhar? É possível fazer as refeições mais rápidas do mundo e mais saudáveis também: uma salada, tchanan!...um prato de sopa...
A qualidade e o sabor dos pratos não são antónimos do rápido e fácil.
E cada vez surgem mais cozinheiros que ficam famosos pela sua simplicidade. Um exemplo bastante conhecido é o Oliver. Tem restaurantes, programas de televisão, livros, escola de cozinha, uma revista e o seu nome tornou-se num ícone no mundo inteiro.
Mas porque é que será que a cozinha tornou-se num espectáculo? Nunca como agora houve tanta informação sobre como cozinhar. Paramos a ver na televisão outras pessoas a cozinhar, há revistas e livros de todo o género, há cada vez mais "chefs" famosos.
Será porque cada vez cozinhamos menos? Ou será porque na rotina diária queremos ser surpreendidos com novas sensações e sabores? Ou simplesmente porque é um conhecimento que está a perder-se ao longo das gerações?
Cozinhar é pegar nos alimentos e imaginar como misturá-los, qual a melhor combinação, qual o processo, no fim dar-lhes um toque de condimento para apurar o sabor. Mas esta capacidade quase instintiva está a perder-se como o M. P. refere. Cada vez se cozinha menos e se come mais fora. Ou então dentro de casa, mas com a comida confeccionada fora. O problema é que desta forma não controlamos o que ingerimos e deixamos de ter sensibelidade para analisar o que comemos.
Aprendi a cozinhar ao ver as mulheres da minha família a prepararem refeições. Aos poucos fui querendo fazer igual e o conhecimento passa de geração em geração. Claro que é sempre difícil imitar aquele ou outro prato especial que nos vem à memória com as recordações de infância.
Uma das melhores recordações que tenho são as alheiras da minha avó. Eram deliciosas, feitas por ela todos os anos em Trás-os-Montes. Tinham a textura e o conteúdo perfeitos, e depois eram servidas normalmente com batatas cozidas que tinham a particularidade de serem regadas com o azeite também caseiro, que é forte e saboroso.
É este o maior efeito da cozinha...o prazer.