A sustentabilidade dos consumidores
Há pessoas que desacreditam no modelo da produção suportada pelos consumidores. Argumentam que a mudança dos hábitos só acontece por imposição. Que têm de existir regras e obrigatoriedades, e só assim é que as pessoas alteram a sua forma de viver.
Há o exemplo clássico do tabaco: faz mal, todos sabemos, os que fumam são os primeiros a admiti-lo, e até há pouco tempo todos fumavam porque era possível fazê-lo em qualquer lugar. Apareceu uma lei e a situação alterou-se. O que parecia quase impossível, agora é uma realidade: ninguém fuma em locais fechados, a menos que tenham autorização para isso. Resultou e os hábitos alteraram-se!
Será que os consumidores conseguem por si próprios reagir voluntariamente a uma situação que não lhes afecta no imediato? Ou são uma enorme massa inconsciente das implicações que os seus hábitos têm em tudo o que os rodeia?
Eu acredito que uma das vias para a sustentabilidade são os consumidores. Não estarão todos no mesmo nível de percepção, sensibilidade e preocupação. É um facto. Mas acho que o trabalho passa por aproximar as pessoas da realidade de produção dos alimentos.
Quero com isto dizer que se a maioria das pessoas visitasse um aviário, por exemplo, muito dificilmente se esquecia dessa imagem da próxima vez que comprasse um frango. O problema está na enorme distância que a sociedade criou entre a origem dos alimentos e a bancada do supermercado.
É impossível e irreal que todas as pessoas possam ter esse conhecimento, mas se ao menos exprimentassem produzir uns legumes num canteiro, teriam uma maior percepção do tempo e da sazonalidade da produção de vegetais. Ou por exemplo, se vissem o resultado de um lance da pesca de arrasto e a tonelada de bichos que vem na rede, ficariam impressionadas com o desperdício.
Tudo passa por comunicar e mostrar, dar a conhecer uma realidade distante.
Este exemplo tem enorme interesse porque resulta também num aumento da rentabilidade do pescador, que assim recebe mais valor pelo produto e mantém o equilíbrio das capturas para garantir a sua actividade no futuro.
Há o exemplo clássico do tabaco: faz mal, todos sabemos, os que fumam são os primeiros a admiti-lo, e até há pouco tempo todos fumavam porque era possível fazê-lo em qualquer lugar. Apareceu uma lei e a situação alterou-se. O que parecia quase impossível, agora é uma realidade: ninguém fuma em locais fechados, a menos que tenham autorização para isso. Resultou e os hábitos alteraram-se!
Será que os consumidores conseguem por si próprios reagir voluntariamente a uma situação que não lhes afecta no imediato? Ou são uma enorme massa inconsciente das implicações que os seus hábitos têm em tudo o que os rodeia?
Eu acredito que uma das vias para a sustentabilidade são os consumidores. Não estarão todos no mesmo nível de percepção, sensibilidade e preocupação. É um facto. Mas acho que o trabalho passa por aproximar as pessoas da realidade de produção dos alimentos.
Quero com isto dizer que se a maioria das pessoas visitasse um aviário, por exemplo, muito dificilmente se esquecia dessa imagem da próxima vez que comprasse um frango. O problema está na enorme distância que a sociedade criou entre a origem dos alimentos e a bancada do supermercado.
É impossível e irreal que todas as pessoas possam ter esse conhecimento, mas se ao menos exprimentassem produzir uns legumes num canteiro, teriam uma maior percepção do tempo e da sazonalidade da produção de vegetais. Ou por exemplo, se vissem o resultado de um lance da pesca de arrasto e a tonelada de bichos que vem na rede, ficariam impressionadas com o desperdício.
Tudo passa por comunicar e mostrar, dar a conhecer uma realidade distante.
Este exemplo tem enorme interesse porque resulta também num aumento da rentabilidade do pescador, que assim recebe mais valor pelo produto e mantém o equilíbrio das capturas para garantir a sua actividade no futuro.