Daniel Pauly-Toward a Conservation Ethic for the Sea
Este interesse pela sustentabilidade começou devido às aulas da professora M.C.
Mostrou nos, entre outras coisas muito interessantes, a sustentabilidade dos recursos marinhos e a forma como cada consumidor está directamente relacionado com as consequências da exploração dos ecossistemas. Muitas das vezes ela falava no Daniel Pauly.
O Pauly é um investigador do Canadá que estuda o declínio dos stocks de pesca. Foi dos primeiros a lançar o conceito de "fishing down the food webs": a pesca está a afectar cada vez os níveis tróficos mais baixos, porque os peixes dos níveis tróficos superiores como o atum já estão bastante alterados e as consequências têm implicações cada vez mais graves ao nível da cadeia trófica. E a desacreditar completamente em todos os tipos de gestão de stocks que se tentam implementar, porque nenhum deles tem tido resultados positivos. Tal como ele diz nesta palestra, o bacalhau era dos recursos mais bem estudados do mundo e mesmo assim foi um dos primeiros a entrar em ruptura.
Depois de o ter visto falar percebo muito melhor a sua mensagem, e claro, fico ainda mais interessada. Uma das ideias geniais é que depois de toda a exploração e destruição dos recursos terrestres o homem tenta colmatar as suas necessidades de alimento no mar, onde ainda existem ecossistemas e recursos selvagens.
A ideia é de que o homem começou por ocupar áreas de costa, a caçar e a alterar ambientes terrestres causando um desiquilibrio que levaram à extinção algumas espécies. Posteriormente segue-se a apropriação da própria terra com a agricultura que implica cada vez uma maior utilização intensiva dos solos, que provoca o desgaste e a diminuição da produtividade devido à falta de nutrientes, desertificação, perda de biodiversidade devido ao sistema de monocultura, etc.
E por fim o homem vira-se para a última fronteira de apropriação: os oceanos. A pesca é a última indústria que se baseia em recursos totalmente selvagens. O peixe é o único alimento actual que é selvagem e proveniente de um ambiente natural.
Outra ideia muito interessante é ao nível do consumo. Ele diz que sim, é bom que todos tenhamos o cuidado de não comer espécies de peixe não sustentáveis como o bacalhau e atum...mas diz que esse efeito é pouco visível. Ele defende que pode ser um esforço com poucas consequências porque é importante dirigir a preocupação em direcção a um objectivo concreto. Por exemplo, as pessoas na Europa deixaram de fumar em recintos fechados. É um facto e há uns anos seria impensável se alguém antevisse esta situação, especialmente me Portugal onde as regras são mais maleáveis. Mas aconteceu e só foi possível devido a uma vontade política, não foi certamente por todos já sabermos que o tabaco faz mal e comentarmos: isso faz mal!
Mostrou nos, entre outras coisas muito interessantes, a sustentabilidade dos recursos marinhos e a forma como cada consumidor está directamente relacionado com as consequências da exploração dos ecossistemas. Muitas das vezes ela falava no Daniel Pauly.
O Pauly é um investigador do Canadá que estuda o declínio dos stocks de pesca. Foi dos primeiros a lançar o conceito de "fishing down the food webs": a pesca está a afectar cada vez os níveis tróficos mais baixos, porque os peixes dos níveis tróficos superiores como o atum já estão bastante alterados e as consequências têm implicações cada vez mais graves ao nível da cadeia trófica. E a desacreditar completamente em todos os tipos de gestão de stocks que se tentam implementar, porque nenhum deles tem tido resultados positivos. Tal como ele diz nesta palestra, o bacalhau era dos recursos mais bem estudados do mundo e mesmo assim foi um dos primeiros a entrar em ruptura.
Depois de o ter visto falar percebo muito melhor a sua mensagem, e claro, fico ainda mais interessada. Uma das ideias geniais é que depois de toda a exploração e destruição dos recursos terrestres o homem tenta colmatar as suas necessidades de alimento no mar, onde ainda existem ecossistemas e recursos selvagens.
A ideia é de que o homem começou por ocupar áreas de costa, a caçar e a alterar ambientes terrestres causando um desiquilibrio que levaram à extinção algumas espécies. Posteriormente segue-se a apropriação da própria terra com a agricultura que implica cada vez uma maior utilização intensiva dos solos, que provoca o desgaste e a diminuição da produtividade devido à falta de nutrientes, desertificação, perda de biodiversidade devido ao sistema de monocultura, etc.
E por fim o homem vira-se para a última fronteira de apropriação: os oceanos. A pesca é a última indústria que se baseia em recursos totalmente selvagens. O peixe é o único alimento actual que é selvagem e proveniente de um ambiente natural.
Outra ideia muito interessante é ao nível do consumo. Ele diz que sim, é bom que todos tenhamos o cuidado de não comer espécies de peixe não sustentáveis como o bacalhau e atum...mas diz que esse efeito é pouco visível. Ele defende que pode ser um esforço com poucas consequências porque é importante dirigir a preocupação em direcção a um objectivo concreto. Por exemplo, as pessoas na Europa deixaram de fumar em recintos fechados. É um facto e há uns anos seria impensável se alguém antevisse esta situação, especialmente me Portugal onde as regras são mais maleáveis. Mas aconteceu e só foi possível devido a uma vontade política, não foi certamente por todos já sabermos que o tabaco faz mal e comentarmos: isso faz mal!