Michael Pollan



É por ver pessoas como Michael Pollan a falar que quero aprender mais sobre o consumo sustentável. É um jornalista, professor, escritor, sobretudo um activista, que mostra como funciona o sistema da produção da comida e que defende que a forma como a sociedade obtém os alimentos é insustentável.

Eat food. Not too much. Mostly plants.


Ainda não li, mas são a minha prioridade:

The Omnivore's Dilemma 2006 (existe a tradução em port.)

In Defense of Food: An Eater's Manifesto 2008


Algumas ideias importantes:

- tudo o que comemos é baseado nos combustíveis fósseis, a nossa alimentação produz mais emissões que os transportes, e tem fortes consequências na nossa saúde, prejudicando por outro lado a qualidade de vida.

- a utilização dos combustíveis fósseis nos fertilizantes, tecnologias agrícolas e pesticidas, tem como objectivo um sistema de monocultura. Este tipo de cultura leva ao desgaste dos solos, é vulnerável a todo o tipo de ameaças como pragas, alterações ambientais e dependência do petróleo...mas subsiste porque é fortemente incentivada através de subsídios e da maior rentabilidade que origina.

- a dependência dos combustíveis fósseis vem também do sistema de processamento dos alimentos: embalagem, transporte, distribuição.

- para eliminar esta dependência teremos de passar para um sistema de policultura, de rotatividade em grande escala e de adapatação do que se produz às condições existentes no local.

- para isso é necessário políticas de incentivos, acoplar a produção animal com a produção agrícola (fertelizantes naturais/produção de carne sustentável), existirem compensações para a agricultura que tem um papel no resgate de CO2, na manutenção dos habitats das abelhas, na produção de biomassa que serve para produzir energia.

- Can we feed the world in this way? não sabemos, mas a melhor forma de o saber, é tentar!

- Há várias hipóteses e todas no seu conjunto podem ser a solução e não uma apenas individualmente: promover uma rede de comércio local, descentralizar o sistema de produção de comida, permissão para comercializar produtos sem os tamanhos e as características definidos pelas regras do mercado, produzir comida nas cidades (hortas urbanas).

- Ensinar as crianças a comerem, a comprrarem e a produzirem os alimentos

- Aproximar os consumidores do processo de produção, mostrar-lhes a origem e de onde vêm os produtos, incentivar à produção própria de comida. Quando sentimos que conseguimos produzir algo que comemos dá-nos satisfação, sentimos os ciclos naturais dos recursos, sentimos a sensação de independência dos combustíveis fósseis, aprendemos a conviver com o desafio que é combater as alterações climáticas.

- Não precisamos de uma revolução, mas de uma reformulação do sistema! Temos a opção de escolha.